quarta-feira, maio 09, 2007

O que eu amo

Amo as diáfanas manhãs, serenas,

A luz do sol, inebriante,

Afagando a natureza e os corações;

Amo a paisagem bucólica,

Os horizontes vastos, sem fim,

E o trinar da passarada;

Amo a quietude deste lugar,

A ternura desse teu rosto,

A meiguice desse teu olhar;

Amo,

Na modorrenta tarde,

Esvaída, desesperada, exangue,

O rubro poente, misterioso;

Amo o fulgor das estrelas,

Os encantos das noites do sertão,

Seu brilho e seus mistérios;

Amo o sorriso de uma criança,

A paz que seduz o coração,

Seu olhar cheio de esperança;

Amo, enfim, minha doce mãezinha,

Seus cabelos brancos, fios de prata,

As mãos trêmulas que me pegaram em criança;

Amo, seu semblante, de esperança,

Seu bom dia, sua benção,

Que me dão tanta confiança;

Amo as lembranças de outrora,

Que levo pelo mundo afora,

Daquela que tanto amei,

Doce velhinha que lá deixei...

Ah, saudade, que me queres matar!...



Eleutério Sousa