O que eu amo
Amo as diáfanas manhãs, serenas,
A luz do sol, inebriante,
Afagando a natureza e os corações;
Amo a paisagem bucólica,
Os horizontes vastos, sem fim,
E o trinar da passarada;
Amo a quietude deste lugar,
A ternura desse teu rosto,
A meiguice desse teu olhar;
Amo,
Na modorrenta tarde,
Esvaída, desesperada, exangue,
O rubro poente, misterioso;
Amo o fulgor das estrelas,
Os encantos das noites do sertão,
Seu brilho e seus mistérios;
Amo o sorriso de uma criança,
A paz que seduz o coração,
Seu olhar cheio de esperança;
Amo, enfim, minha doce mãezinha,
Seus cabelos brancos, fios de prata,
As mãos trêmulas que me pegaram em criança;
Amo, seu semblante, de esperança,
Seu bom dia, sua benção,
Que me dão tanta confiança;
Amo as lembranças de outrora,
Que levo pelo mundo afora,
Daquela que tanto amei,
Doce velhinha que lá deixei...
Ah, saudade, que me queres matar!...
Eleutério Sousa
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home