sábado, abril 28, 2007

Amazônia e egoísmo

Li, em uma revista de uma congregação religiosa que tem presença em Palmital, que há uma crise sem precedentes a nível moral em todo o mundo. Sem endossar as previsões de cataclismo da revista (penso que o ser humano tem reservas morais que o farão dar a volta por cima), não há como negar as suas previsões sombrias.

As guerras modernas deram ao homem a falsa impressão de poder extremo. Passa-se por cima dos direitos mais elementares e, o que se vê, é um descalabro moral que reina em todos os setores da vida. Mata-se e não se investiga, rouba-se e fica por isso mesmo, a leviandade propaga-se nos matrimônios, e a separação, nefasta a todos os títulos, termina com a instituição familiar, esteio da Sociedade bem constituída.

Tem-se notícias de como se devasta o meio-ambiente, sobretudo na Amazônia, talvez o “Eldorado” que poderia salvar nosso país e a humanidade, por conta da sua biodiversidade. Mas o egoísmo de poucos está destruindo todo aquele ecossistema, na seqüência do que se fez no resto do país.

Terá “volta” todo este estado de coisas? Soube, um dia destes, que um menino de 12 anos vai à escola com uma garrafa de pinga e toma em sala de aula! Disseram-me que não há como “os professores resolverem esse caso!” – comentário do próprio pai! – “Porquê você não o educa em casa?”: perguntei. – “Queria que o C.T. o mandasse para a Febem!”

Com muita tristeza, vejo que a degradação familiar leva as pessoas a serem “procriadoras” involuntárias. Aquele sentimento de honradez, aprumo, respeito ao próximo, foram para as “kalendas”.

Note-se bem que, aquilo que fazemos e praticamos “infra-muros”, será estendido a todo nosso proceder: A vida não vale nada, nosso “entorno” só causa problemas e este egoísmo latente, exercitado diariamente, nos causará uma tragédia ambiental e um desmoronamento da civilização que as boas consciências ainda têm tempo de evitar!

Para reflexão!

Eleutério Sousa