Desta massa se fazem heróis
Nosso mártir da independência era homem do povo. Filho de pai português e mãe brasileira, atingiu o posto de Alferes do exército que era o máximo concedido a nativos e, sobretudo, a gente do povo!
Com certeza, Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, por sua habilidade com os instrumentos com que extraia dentes, ao ver as mazelas populares, lhe doía a alma todo esse sofrimento. Não sei se naquela época haveria algum salário mínimo, mas, com certeza, esse “salário” mínimo seria indigno como o de hoje. Nosso salário mínimo é fermento para milhões de heróis em todo o país. Ter família, cuidar de filhos, etc, com os salários nacionais, só pode resultar em heroísmo puro!
Note-se que o pessoal com quem Tiradentes se associou – classe média alta – tirou o corpo fora quando a “coisa” esquentou.
Por isso, aquele seu ato de nobreza: “se dez vidas tivesse, dez vidas eu daria!” – frase dita por Tiradentes.
Os bem situados na vida, pouco se interessam pela situação do povo, a todos os títulos precária. Já vi mães embebendo pão em pinga para adormecer crianças! Falta de cuidado materno? Talvez! Ou será a miséria que leva a essa situação!
Nossa independência não foi cruenta. A Inconfidência, com Tiradentes, tinha ideais tão nobres que, se aplicados, fariam deste país o paraíso que tanto queremos. Talvez dessa massa popular de que surgiu nosso herói Tiradentes surja outro líder que os coloque em prática. Tenhamos esperança!
Eleutério Sousa
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home