Como a nossa vida e o mundo todo seriam diferentes se a maioria das pessoas vivem assim o amor!
Percorrer a estrada do amor, que, a um certo momento, nos leva a sermos guiados pelos DONS, naturalmente requer empenho e sacrifício. E isso porque toda pessoa, devido ao pecado, que constitui a doença e a morte da vida do espírito, nasce egoísta.
É o esforço, o sacrifício que a VIRTUDE requer para superarmos o egoísta.
O egoísmo é a falta do amor, é fechar-se em si mesmo, é pensar e agir referindo-se só a si mesmo. Ao passo que o amor é cultivar a vida, própria e dos outros; própria, em primeiro lugar, mas com a finalidade de cultivar a vida dos outros. O egoísmo é a semente fechada. O amor é semente partida, que se transforma em planta que dá frutos para a vida de todos.
Jesus nos diz “Convertei-vos e crede no Evangelho”. ( Mc.1,15 )
Converter-se é exatamente isso: superar o próprio egoísmo e abrir-se aos outros, para ajudá-los a realizar o próprio bem, numa vida cada vez mais plena e digna de pessoas humana, o que equivale a crer no Evangelho.
São Paulo chama o homem que vive no egoísmo de homem carnal, fechado em si, curvado sobre si mesmo: ele vive guiado pelos instintos, pelos tendências egoístas, que, porém levam não levam à vida, ma à morte ( Rm 8,5-8 ). Chama o homem que vive no amor de homem espiritual, porque é guiado pelo Espírito de Deus, que é o amor: Deus permanece nele e ele permanece em Deus ( 1Jo 4,10).
Viver no amor, pois é difícil, requer sacrifício, porque significa passar do egoísmo para o amor, do homem carnal ao homem espiritual, isto é, lutar continuamente contra as próprias tendências, paixões ou vontades desordenadas, para viver no amor visando o bem, próprio e dos outros.
Para o mesmo São Paulo foi muito duro viver no amor, como homem espiritual.
Ele mesmo no-lo relata ( Rm 7,21-24).
Enquanto com a razão via a necessidade de fazer o bem, ele tinha a vontade de fechar-se em si mesmo e gozar a vida com todas as satisfações possíveis. No seu íntimo, amava a lei de Deus, a lei do amor, mas era atormentado por desejos egoístas, a ponto de exclamar: Infeliz de mim! Quem me libertará destas vontades desordenadas?
Ele venceu. Venceu porque soube crucificar as suas vontades egoístas, através de uma vida de amor sem limites, especialmente na dedicação à pregação do Evangelho.
Para chegarmos aos DONS, pois devemos viver o amor crucificado: o amor da renúncia e da doação. Custa, mas os benefícios são incalculáveis: caminharemos na estrada da vida guiados por Deus, com a certeza e com o entusiasmo de estarmos fazendo sempre aquilo que Deus quer e que é melhor para nós e para os outros. De fato, quando fazemos a vontade de Deus, que é sempre vontade de amor, e não de violência, damos glórias a Deus e divinizamos a nossa vida, tornando-a fonte de bem para nós e para os outros.
Como é gratificante e forte de verdade alegria sentir que a nossa existência está sendo de glória para Deus, de bem para os outros e de realizações terrena e eterna para nós!
Sim, vivamos no amor para chegarmos a viver nos DONS. Qualquer sacrifício vale a pena
CATEQUESE DA CRISMA
CATEQUISTA DENER MOLERO DE LIMA