quinta-feira, agosto 10, 2006

A VIDA DO ESPÍRITO

(continuação)
Se a abertura a ele for limitada, será preciso empenho, de nossa parte, para conhecermos a vontade divina, e esforço, para cumpri-la, embora nunca nos falte a ajuda de Deus. E nesta fase de abertura limitada, ou de virtude, permanece ainda a incerteza de agir conforme a vontade de Deus.
Se a abertura a ele for plena, o nosso conhecimento da vontade divina será uma intuição sobrenatural que termos, sem muita procura e com segurança total, e o seu cumprimento acontecerá sem dificuldade nenhuma.
E isso é maravilhoso! É a história dos santos. Eles são lavados pelos Dons do Espírito Santo.
Mas como se consegue esta abertura em ralação a Deus? Através de um empenho contínuo de vida no amor, que é viver nele.
Com efeito, quanto mais vivemos no amor, mais fazem os experiência da vida íntima de Deus, que é vida de amor, e, conseqüentemente, sentimos cada vez mais qual é o pensamento e a vontade dele para o nosso agir de cada momento.
Se quisermos ir a um determinado lugar é pegando a estrada que chegaremos, porque é andando que encontraremos as setas que nos indicam o caminho.
Assim, querendo viver na vontade de Deus, que é a nossa vida espiritual, devemos pegar a estrada, para conhecê-lo e vivê-la. E pegar a estrada significa viver no amor, na virtude. Vivendo no amor, os DONS, que são luzes e forças de amor, serão as setas que nos conduzirão a conhece e viver a vontade divina.
Todos, até as crianças, que vivem unidas a Deus no amor, têm intuição divina a respeito daquilo que eles devem fazer para o próprio bem e o bem alheio. Os julgamentos deles são sempre sábios.
Lembremos Santa Maria Goretti, martirizada em Netuno ( Lácio/Itália) no ano 1902, antes de completar doze anos. Embora tão nova e analfabeta, pela sua vida de amor, de união com Deus, já sentia o que era certo e o que era errado. Por isso preferiu receber catorze facadas pelo vizinho de casa, Alexandre Serenelli, antes que ser violentada. Enquanto estava sendo esfaqueada, dizia-lhe: “Não podemos fazer isso, é mal, é pecado”.
Devemos sempre desconfiar das pessoas que não estão empenhadas em viver em Deus. Elas se deixaram guiar mais por interesses egoístas do que pelo amor. Também quando elegemos nossos representantes, especialmente os políticos, devemos ter presente a vida deles em Deus.
A pessoa que não vive em Deus, no amor é um perigo para si e para os outros!
A vida em Deus, no amor, nos dá uma visão maravilhosa das coisas e das ações! Faz-nos enxergar as coisas (saúde, beleza, conhecimento, dotes, bens, poder, tempo...) com os olhos de Deus e compreender que elas nos são dadas por Ele para colocá-las a serviço da vida, nossa e dos outros, nos faz julgar as ações em vista do bem que podem proporcionar, a nós e aos outros.
(continua).

CATEQUESE DA CRISMA

CATEQUISTA DENER MOLERO DE LIMA