SABEDORIA
A docilidade ao Espírito de sabedoria, além de nos mover à contemplação, nos faz também JUGAR RETAMENTE as coisas, divinas e humanas.
Como? Levando-nos a julga-las segundo o Evangelho, isto é, iluminados e guiados pelo amor de Deus, que Jesus nos manifestou naquilo que fez e disse.
Somente o homem sábio sabe verdadeiramente julgar, porque possuindo o amor lança um feixe de autêntica luz sobre coisas, fatos e pessoas.
Para o cristão, agir retamente significa agir evangelicamente. Aos olhos da sabedoria do mundo o Evangelho é estultice, loucura; o mistério de Cristo, sua Palavra, sua cruz são realidades sem significado e valor. Mas a estultice de Deus é mais sábia que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens ( cf. 1Cor. 1,25).
No Evangelho, Jesus define com uma comparação o homem verdadeiramente sábio: “quem ouve as minhas palavras e as põe em prática, é como o homem prudente que construiu a casa sobre a rocha caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, mas a casa não caiu, porque fora construída sobre a rocha” (Mt. 7,24-25). A sabedoria constrói a casa do homem sobre a rocha que é a palavra do Senhor.
O Evangelho, ainda, nos dá em Maria Mãe de Jesus, a imagem perfeita da mulher sábia. Ela, diz S. Lucas, conserve as palavras do Senhor, meditando-as no seu coração (2,20). Por isso é invocada como “Sede da Sabedoria”.
São BOAVENTURA, partindo de uma frase do livro dos Provérbios: “A Sabedoria construiu para si uma casa e esculpiu sete colunas”. (Pr.9,1), imagina quais seriam as colunas que sustentam a casa da sabedoria. São elas:
A pudicícia, que é a pureza do corpo, da mente e de coração;
A inocência no pensamento, que é a simplicidade de ser de agir;
A moderação no falar, que é o saber envolver no silêncio a própria vida e falar com graça.
A docilidade no sentimento, que é a doçura com que se identifica com a misericórdia;
A liberalidade na ação, que se identifica com a misericórdia;
A maturidade no juízo, que ajuda a não julgar temerariamente;
A simplicidade nas intenções que é ter o coração pura de toda duplicidade e falsidade e ser livres de toda forma de hipocrisia;
A pessoa sábia, afinal, é aquele que tendo continuamente o coração em Deus, é possuída de tal maneira pelo pensamento divino, que vive deixando-se guiar por ele numa existência de contínua doação.
CATEQUESE DA CRISMA
CATEQUISTA DENER MOLERO DE LIMA
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