Crônica de momento
Certa vez, encontrava-me na casa de minha querida avó, quando ela, diante da falta de assunto, contou-me sobre uma pregação que havia sido transmitida pelo rádio na manhã daquele mesmo dia.
A história era um tanto quanto longa, mas lembro-me perfeitamente da mensagem que era transmitida: cada um de nós tem sua cruz a carregar; devemos fazê-lo sem lamentações. Afinal de contas, há um motivo de força maior para tudo que nos acontece.
Desde então, tenho gasto alguns de meus neurônios pensando nisso, comparando a história narrada com enorme credulidade por minha avó com as afirmações convictas de meus professores da faculdade, as quais trazem a idéia de que nós podemos mudar o mundo se assim for nossa vontade.
Levando tudo isso em consideração, a pergunta é inevitável: arregaço as mangas e tento retirar do jardim da minha vida as “pragas” que evitam que meus girassóis cresçam e tomem o rumo da luz, ou sigo um ensinamento de Jesus Cristo, em quem tanto acredito, que prega o oferecimento da outra face, quando a primeira já foi golpeada?
Minha mãe costuma defender a segunda tese, mas age de acordo com a primeira. Meu pai, idem. Meus irmãos e amigos...bom, esses, talvez pela inexperiência dos primeiros e da excessiva imparcialidade dos segundos (quando é com eles é diferente...), não sirvam como referência. Quanta dúvida!
Certo mesmo é que a vida, curta como ela só, não espera por nossas (in)decisões, o que nos faz colher como fruto de toda essa situação uma amarga perda, seja amorosa, seja fraternal ou de qualquer outra espécie. Afinal, se agimos, contentamos a uns em detrimento de outros; se damos a outra face, ocorre o oposto mais igual do mundo!
Difícil mesmo atingir essa tal felicidade! Dificílimo!
Peterson Paulino Rodrigues da Silva
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