quinta-feira, setembro 21, 2006

Uma festa profissional

De seis a nove se setembro pp, realizou-se a Festa das Nações de Cambará juntamente com a "Expocia" – exposição da indústria local e a 1ª Expocana – mostra de derivados de cana de açúcar.
A Festa, representada por barracas de nações que deram origem à cidade – Árabe, Brasileira, Italiana, Americana, Japonesa – (infelizmente faltaram as barracas espanhola e portuguesa) com componentes muito fortes destas nacionalidades na cidade, fizeram-nos "viajar" e conviver de modo alegre com "acepipes" para todos os gostos. Não faltaram as bandas de prestigio que abrilhantaram a Festa.
Grupos de arte, teatro, etc. locais, cumpriram com muito empenho seu papel, mostrando tudo o que de melhor se faz na cidade de Cambará.
Sob a batuta de Dª Claudia, a Primeira Dama e o prefeito Neto, os orgulhosos cambaraenses afluíram em peso ao recinto enorme onde, com uma organização excelente, tudo transcorreu na mais perfeita ordem e segurança.
Entre muitas coisas dignas de nota, maravilhou-me a "Abertura" da Festa, muito bem coreografada e conduzida pela locutora Maria. De importância capital para nossa região, as mostras do colégio agrícola de Cambará e do Senar divulgaram técnicas importantíssimas para a agricultura familiar. A "Vedete" do momento que é o "biodiesel", era explicada em detalhes por alunos e professores do colégio com mostra prática em um trator funcionando a biodiesel.
Parabéns à cidade de Cambará, ao prefeito Neto, a sua esposa Dª. Claudia e a toda a organização da Festa.
A cidade de Cambará está se evidenciando como uma cidade industrial diversificada, sem esquecer a parte social.
Problemas de crescimento acontecem, mas com o tino administrativo do prefeito e seus colaboradores, serão com certeza, vencidos e superados!
Parabéns!
Eleutério de Sousa

ENTENDIMENTO

A SABEDORIA, dizemos, é viver contemplando a Deus e julgando as coisas à luz do amor divino.
Isso, porém pressupõe um conhecimento profundo de Deus; um conhecimento experimental, que é fruto não tanto de estudo, mas de sua vontade, ou, se quiserem, de uma vida de amor, porque Deus é amor. Nolo confirma São João “aquele que ama... conhece a Deus” ( 1Jo.4,7).
Com efeito, é respeitando, ajudando, sendo justo, honesto, responsável, amando afinal, que conhecemos Deus porque deste modo fazemos experiência de um doce só quando o comemos.
Todavia este viver em Deus, que nos permite o entendimento do íntimo dele, não e fácil, porque é contra o nosso egoísmo, os nossos desejos desordenados, ou “carnais”, como diria São Paulo.
Só uma graça espiritual de Deus a sua Luz e a sua força no-lo permite. O próprio Jesus nos diz “nem todos entendem isso, não ser aquele a quem é concedido” ( Mt. 19,11).
Esta graça especial de Deus é chamada DOM DO ENTENDIMENTO ou da INTELIGÊNCIA, e Deus no-la concede firme e o empenho de viver em seu amor.
O DOM DO ENTENDIMENTO OU INTELIGÊNCIA é pois, uma luz particular do Espírito Santo, que nos faz penetrar ( intus-legere,, ler dentro), entender a fundo e, e portanto e a vontade de Deus, em todo o seu poder, sabedoria e bondade, de tal modo que não encontramos mais dificuldade em fazer o bem, em agir conforme Deus quer.
E isso porque esta compreensão profunda de Deus, do seu pensamento e da sua vontade, nos leva a sentir de maneira intensa que o que ele quer é o verdadeiro bem, para nós e para os outros.
De fato em geral, nós fazemos coisas erradas não porque não sabemos que aquilo fazemos seja errado, mas porque a satisfação que a coisa errada nos proporciona é sentido de maneira muito mais intensa que os simples saber que ela seja errada. O sentir atraído mais do que o pensar!
O mesmo São Paulo dizia que, muitas vezes, fazia aquilo que não queria (Rm.7,15).
De modo que, só quando o pensar, o saber, são acompanhados de um entendimento profundo, a ponto de sentir aquilo que se pensa, ou se sabe, como um bem superior, é que temos a força de faze-lo e faze-lo com entusiasmo.
Assim também, só quando o conhecimento de Deus e a aceitação da sua verdade são acompanhados por uma luz divina, ou dom do Entendimento, que nos permite entender com clareza e sentir de maneira intensa que o bem estar só Deus, é que nós conseguimos viver, e com alegria no cumprimento da vontade divina, também se custar sacrifício.
(continua).

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domingo, setembro 10, 2006

SABEDORIA

A docilidade ao Espírito de sabedoria, além de nos mover à contemplação, nos faz também JUGAR RETAMENTE as coisas, divinas e humanas.
Como? Levando-nos a julga-las segundo o Evangelho, isto é, iluminados e guiados pelo amor de Deus, que Jesus nos manifestou naquilo que fez e disse.
Somente o homem sábio sabe verdadeiramente julgar, porque possuindo o amor lança um feixe de autêntica luz sobre coisas, fatos e pessoas.
Para o cristão, agir retamente significa agir evangelicamente. Aos olhos da sabedoria do mundo o Evangelho é estultice, loucura; o mistério de Cristo, sua Palavra, sua cruz são realidades sem significado e valor. Mas a estultice de Deus é mais sábia que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens ( cf. 1Cor. 1,25).
No Evangelho, Jesus define com uma comparação o homem verdadeiramente sábio: “quem ouve as minhas palavras e as põe em prática, é como o homem prudente que construiu a casa sobre a rocha caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, mas a casa não caiu, porque fora construída sobre a rocha” (Mt. 7,24-25). A sabedoria constrói a casa do homem sobre a rocha que é a palavra do Senhor.
O Evangelho, ainda, nos dá em Maria Mãe de Jesus, a imagem perfeita da mulher sábia. Ela, diz S. Lucas, conserve as palavras do Senhor, meditando-as no seu coração (2,20). Por isso é invocada como “Sede da Sabedoria”.
São BOAVENTURA, partindo de uma frase do livro dos Provérbios: “A Sabedoria construiu para si uma casa e esculpiu sete colunas”. (Pr.9,1), imagina quais seriam as colunas que sustentam a casa da sabedoria. São elas:
A pudicícia, que é a pureza do corpo, da mente e de coração;
A inocência no pensamento, que é a simplicidade de ser de agir;
A moderação no falar, que é o saber envolver no silêncio a própria vida e falar com graça.
A docilidade no sentimento, que é a doçura com que se identifica com a misericórdia;
A liberalidade na ação, que se identifica com a misericórdia;
A maturidade no juízo, que ajuda a não julgar temerariamente;
A simplicidade nas intenções que é ter o coração pura de toda duplicidade e falsidade e ser livres de toda forma de hipocrisia;
A pessoa sábia, afinal, é aquele que tendo continuamente o coração em Deus, é possuída de tal maneira pelo pensamento divino, que vive deixando-se guiar por ele numa existência de contínua doação.

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sábado, setembro 02, 2006

SABEDORIA

Contemplar é ver o interior da realidade. A contemplação é viver imerso no coração de Deus. Por isso.
É sentir o amor de Deus, que se manifesta no seu pensamento ( filho) e na sua vontade (Espírito Santo) de vida, o que significa contemplar a Santíssima Trindade.
Em particular, é sentir o respeito dele para com a pessoa e a vida humana.
É sentir a alegria dele de poder perdoar a quem se arrepende das próprias faltas, de perder conceder as graças a quem lho permite, vivendo aberto ao seu amor, de manifestar-se na sua plenitude a quem, depois de uma vida de bem, passa para a morada eterna.
Sabedoria é viver contemplando a Deus e julgar as coisas divinas e humanas à luz do amor de Deus.
É sentir também,a alegria em pensar que tantas pessoas o amam, fazendo-o habitar no próprio coração e estar presente no relacionamento que elas têm com os outros; assim como é sentir uma profunda tristeza vendo como ainda a maioria das pessoas vive longe dele. Isso naturalmente desperta uma vontade imensa de fazer tudo o que está ao nosso alcance para o fazer conhecer e amar. É desta contemplação que surgem também as vocações para o sacerdócio e a vida consagrada.
É escutar o canto que elevam a ele as demais criaturas com a sua existência, com a sua beleza e com as outras características que elas têm. Lembremos a este propósito o Cântico das Criaturas de São Francisco, onde todas as criaturas: as árvores, os pássaros, tudo canta glórias a Deus e manifesta o amor dele pelos homem.
É ver as coisas e o presente com olhar de Deus. A riqueza, o prazer, o poder, têm valor somente na medida em que são colocados a serviço da vida, própria e dos outros. A vida presente, com todos os seus acontecimentos, é olhada e vivda em função da vida futura.
Enfim, é compreender o valor do sofrimento humano, que não conseguimos evita, inclusive da morte. Jesus, tomando-o sabre si e sofrendo-o em si, o transformou em nosso ato de amor a Deus e em fonte de graças para nós e para toda a humanidade. Eis porque muitos Santos até pediam para sofrer!
A contemplação de Deus é um pouco como a contemplação de um por de sol, que admiramos extasiadas pela sua beleza extraordinária, ou a contemplação do pai e da mãe que vivem por amor aos filhos, enfrentando por eles qualquer sacrifício.
A contemplação não é um momento, mas um estado contínuo de imersão na realidade do coração de Deus: do seu pensamento e da sua vontade. Enquanto lidamos com as coisas da terra, a mente está em Deus, para que tudo seja feito e vivido no seu amor.
( continuação)

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