quinta-feira, janeiro 05, 2006

Promontório da Saudade (Ponta do Pargo)

Qual navio enorme

enfrentando tempestades, ergue-se, impávido, o Promontório.

Do alto, o farol incandescente deixa no ar um brado intermitente exalando saudades!...

Saudades que moram além do mar

para lá do horizonte

com seus medos

e seus mistérios

que se querem postergar...

Ah! Minha terra querida, repousas em meu coração,

em meus sonhos e pensamentos vejo-te em imagem garrida,

em lágrimas incontidas, desafiando os meus tormentos.

Será que terei a felicidade

de desatar o encanto

de rever-te, minha terra,

e de aí enxugar o meu pranto?

Ah! Saudade,

que me queres matar!

Eleutério Sousa