domingo, dezembro 23, 2007

“Gloria in excelcis Deo” (Glória a Deus nas alturas)

Provavelmente, continuam os viandantes de hoje à procura de um abrigo. Com certeza, alguma mulher grávida estará procurando um lugar para que seu filho nasça com dignidade. Mas, com indiferença, continuam as pessoas de hoje a fazer pouco caso das necessidades alheias e, quando muito, chamam a polícia para levar as grávidas desavisadas até o pronto socorro.

Temos notícias diárias de policiais parteiros. Homens duros, acostumados a combater o mal, seus rostos iluminam-se quando ajudam uma vida a vir ao mundo. É muito mais alegria do que, por exemplo, “ajudar” a eliminar vidas!... (abortos, etc...)

Mas, vamos ao tema principal... Maria estava nos momentos delicados que a faria personagem central da história humana; dar à luz o Filho de Deus. Desprovido de tudo, menos do amor infinito de sua mãe, na ocasião do nascimento de Jesus, apareceram os anjos entoando o cântico: “Glória in excelris Deo”. Os pastores, avisados, foram as primeiras pessoas a prestar louvor ao Rei que acabara de nascer!

Somente pessoas com desprendimento total poderiam ver naquele menino a figura do Salvador!

Se nós, neste Natal, soubermos nos despojar de tudo que impeça o progresso espiritual e colocar nossas imperfeições o altar da vida, que venha o Príncipe da Paz e nos abençoe! Que nossa vida seja um contínuo Natal de bons propósitos, realizações e felicidade diária!

Bom Natal!

Eleutério Sousa

Lirismo em alto grau

Uma nota sobre o aniversário da Senhora Maria Célia fez-me pensar em momentos de ternura de uma certa Maria que passou por minha vida. Toda mulher poderia chamar-se Maria pelo simbolismo que implica este nome; desvelo, ternura, amor... Uma leoa que defende seus filhos e, ao mesmo tempo, a simplicidade de um coração imenso que nos compreende como ninguém.

Quando entramos na puberdade, ao ver nosso semblante tristonho, alienado, por causa dos nossos primeiros suspiros amorosos, ela, solícita, percebe imediatamente. “Quem é? Conheço?”. Pergunta, querendo entrar em nosso coração... Por toda nossa vida, às vezes, não lhe damos o valor merecido, mas, mesmo com algum descaso em nossos sentimentos, sempre está disposta a nos ajudar. Suas palavras sábias devem ser guardadas no mais recôndito de nossos pensamentos.

Maria, quer dizer decidida. Só uma pessoa com este nome, com toda a força que dele provêm poderia enfrentar as dificuldades porque passaria para criar o filho de Deus!

Nesta época natalina parabenizamos a todas as Marias que são uma bênção em seus lares, e em especial a dona Maria Célia que quer dizer “Maria do Céu”. Nada mais apropriado para completar o lirismo das palavras escritas com tanto sentimento na última quarta-feira.

Eleutério Sousa

... e continuar, como se nada houvera acontecido!

O ser humano sofre com as injustiças. A solidariedade para com o mais fraco é inata em nossos sentimentos. Podemos dizer que é atávica em nossos corações. Quem nunca se compadeceu perante as misérias alheias tanto morais, quanto materiais? Ainda mais, com nossa civilização imbuída de sentimentos cristãos, sobretudo nesta época em que os anseios de paz, o conjunto familiar e as comemorações natalinas que “amolecem” (o homem velho rancoroso, mesquinho...). Tudo leva à solidariedade, à abnegação em favor do próximo, ao cumprimento bíblico da lei do Senhor: “Amai-vos uns aos outros...”.

Conheci um clube, o Rotary de Palmital, que prega e age, por filosofia e preceitos de seus estatutos, nesta linha de bem-fazer. Nota-se em seus confrades, a ênfase da doação ao próximo, a caridade no mais alto grau, desinteressada e humanista.

Com certeza, haverá ingratidão e malquerenças de pessoas que acham que só elas têm o direito de tudo receber... mas, o sorriso de uma criança, uma família agasalhada, em conforto moral... fazem com que as premissas do clube que vêm desde seus fundadores, permaneçam no mais alto grau da dignidade humana. Por isso “e continuar como se nada houvera acontecido!”. O bem-fazer e o bem-querer são apanágio imorredouro de seus associados!

OS: Agradeço, penhoradamente ao presidente Vinicius Bueno, a sua esposa Ângela, ao Sr. Carlos Pyles, a Sra. Jorgina Gouveia, ao Sr. José Luiz a acolhida com que me brindaram na última quarta-feira.

Eleutério Sousa

A opinião de um intercambiário

Fim de ano, hora de revisão de vida, de refazer projetos, etc. Todos os anos, pais e alunos responsáveis reclamam, opinam e fazem projetos sobre a educação vigente. Sabe-se que há problemas, tanto de método e conteúdo, como de autoridade. A maioria não estuda ou não o faz como deve ser, os pais não se informam sobre o andamento escolar dos filhos, em suma, uma bagunça!...

Não pensemos que os defeitos só aparecem em escola pública. Sei de fonte segura, que grande parte dos estudantes, de certa escola privada, não de nossa cidade, é claro, ficaram em recuperação.

Um intercambiário, vindo da Alemanha, disse-me que vê muitos defeitos em nosso método de ensino. A começar pela disciplina, acha que há muita benevolência por parte dos professores. Para ele, o excesso de provas é também prejudicial, pois o aluno não estuda para obter conhecimentos, mas para a prova. Acha ele que a prova deveria ser para testar os conhecimentos de cada um e não “eu vou estudar isto porque vai cair na prova”. Por isso, essa máfia dos cursos vestibulares que ensinam macetes que, em última analise, pouco dizem aos alunos, só servem para ingressar na faculdade, quando muito, privada!...

No país de nosso intercambiário, assim como no resto da Europa, há mais serenidade; conheço uma professora que fez o primário, o antigo ginásio e o colegial em Portugal. Fez faculdade pública no Brasil e tem passado em todos os concursos que presta. Esta moça é minha filha. Super dedicada, profissional que se dedica com o esmero a seus alunos que só ganham elogios por seu desempenho.

Eleutério Sousa

Consciência nacional

Poucos países se podem chamar de nações. Tem-se, como nação, um conjunto de pessoas com uma raiz étnica parecida, língua nacional e religião. Até há bem pouco tempo, valorizavam-se estes dados. Sabe-se que, na Europa, alguns países têm uma idiossincracia tal que os faz “nações” na classificação costumeira. Ultimamente, tem-se valorizado etnias e sua contribuição para a formação do Estado Brasileiro. É justo e digno esse procedimento porque tira do “limbo”, povos que, costumeiramente, eram postos em zombaria não só os negros, mas os nordestinos, os portugueses (as piadas...) etc!...

Pensando melhor, já que a mídia é tão poderosa e, por isso, pode influenciar idéias e costumes,Publicar postagem porque não valorizar a “consciência nacional”. Pôr em relevo tudo o que “nossos” povos fizeram para que fossem ingredientes desta “nação”. Sim, nação, porque, ao contrário de pureza de raça, esta “globalização” que se fez por aqui, não tem parâmetro mundial, só nos falta um pouco mais de consciência cívica e orgulho para sermos donos desta “nação-continente”, onde os sobrenomes familiares são tão comuns, não importa a cor. Os Resende, os Silva, Ferreira, Souza, Pereira, etc... são todos originários de um tronco comum que os faz, sem sombra de dúvida, uma nação. Com uma novidade. Não mais a etnia seletiva mas, sim, a consciência nacional que explode orgulhosamente quando há motivos para isso, e que deve entrar em reflexão quando as coisas não andam tão bem! Mas, acima de tudo, o orgulho de ser brasileiro!

Eleutério Sousa