quinta-feira, abril 17, 2008

Esteira de espuma (continuação)

Uma viagem marítima tem um sabor único; entre mar e céu, “cavalgando” as ondas, o navio segue o seu rumo. Minuto após minuto, hora após hora, dia após dia, aparentemente “um cavaleiro errante”, a nave imensa “traça” sua rota!

Alheia à máquina que navega, cruzando o oceano, a vida fervilha, faz nascer encontros, conhecer novas pessoas, ensaiar um novo idioma – no navio viajavam cidadãos espanhóis e italianos, enfim, uma cidade em miniatura que só não fazia esquecer os laços familiares e sentimentais que ligavam o Manoel à sua ilha e à sua gente.

Da amurada do barco, vira desaparecer, à distância, primeiro, seus pais que estavam na sua despedida, a sua cidade e, por fim, as montanhas que, em anfiteatro, cercam o burgo.

À medida que o navio avançava para o alto mar, desapareciam entre a neblina rarefeita, os últimos picos das montanhas. Um último apito, o último silvo do navio, triste, pungente, dava o toque de despedida. Dificilmente encontraremos uma simbiose tão estranha como esta em relação à saudade e distância que aumentava mais e mais...

Uma dor difícil de amainar permaneceu assim, por horas, no coração de nosso personagem.

Mas, o ritmo da aventura, sem desligar seus laços ancestrais, dava o tom à vida, ao bulício que se antevia para seu futuro!...

Continua...


Eleutério Sousa

Esteira de espuma

O navio singrava rumo à América do Sul. A bordo, mais de 3000 passageiros, uma pequena cidade flutuante que se esparramava pelos conveses, corredores, beliches, piscinas, salas de jogos, refeitórios, cinema, etc. À popa, havia mesas de ping-pong onde se aglomeravam alguns passageiros disputando partidas animadíssimas.

A monotonia da viagem era quebrada por alguma onda mais forte que balançava desmedidamente o enorme navio de cerca de 200 metros de comprimento. Na sua esteira, como que abrindo o mar em dois, um rastro de espuma branca estendia-se por entre as águas azul-esverdeadas que se confundiam com os matizes infinitos do fimamento.

A princípio, o rastro prateado, espesso, leitoso, parecia não se desfazer. À medida que se distanciava o barco, refazia-se o mar como que diluindo os pensamentos do Manoel, pensativo e ainda com saudades apertando o peito. Olhando a espuma que, sabia, indicava o rumo da sua ilha, uma lágrima confundia-se na sua memória, incisiva e persistente, não deixando no olvido a família que lá deixara e, em ultima análise, as fortes lembranças de sua meninice!...

O mar era o elo. Ao mesmo tempo que “cortava” seu cordão umbilical, fazia-o homem e a cuidar-se se próprio; e, na rota para o sul, uma cidade flutuante, cheia de vida, o apartava dos seus e se via em um solilóquio que teimava em não desaparecer...


Eleutério Sousa

Campanha da Fraternidade

Totum consumatum est...!

(Tudo está consumado)

As coisas parecem estanques. Há uma proposta e a sociedade procura cumpri-la como uma missão burocrática.

“Escolhe, pois, a vida!”. Este tema, de tão profundo, não deve, nem pode ser burocrático. Assim como a missa. Assim como a vivência cristã”. L’habit ne fait pas le moine” – “O hábito não faz o monge”, o cristão deve fazer parte das “pedras vivas” atuantes na sociedade.

Deve ser aquela pedra angular que sustenta o “edifício” da cristandade. Deve ser o sal que condimenta e conserva. Enfim, deve estar possuído do Espírito Santo para dar entusiasmo e fortaleza ao meio onde vive.

A doutrina da Igreja, em alguns assuntos, entre eles a “vida”, é vista por muitos cristãos como retrógrada, medieval. Porque não promover conferências “de vida”, “de juventude”, para conscientizar os cristãos?

Uma história de 2000 anos só sobrevive porque está sempre em consonância com o seu tempo. Não há como negar suas raízes. Cristo é o mesmo.

Heri, hodie et semper! (Ontem, hoje e sempre)

Feliz páscoa a todos!


Eleutério Sousa


Uma mulher especial

Era ainda uma menina de 17 anos. Aceitara a incumbência de tornar-se mãe de um ser especial. Para qualquer mãe, seu menino é um ser especial. Imagino os sonhos que tinha enquanto fazia os deveres domésticos. Sim, porque apesar de jovem, ela era uma perfeita dona de casa. Seu marido, a apoiava incondicionalmente.

A jovem soube que uma parente estava grávida e prontificou-se a ir até sua casa e prestar-lhe toda a assistência que, neste caso, é importantíssima.

Chegou o dia de ser mãe. Uma viagem inoportuna, mas necessária, fez com que tivesse seu neném fora de sua cidade natal. Ela não reclamava, não se lastimava, porque, acima de tudo, tinha fé, muita fé no seu Deus!

Foi posta à prova, uma prova difícil de superar. Não entendia porque o maioral do lugar perseguia seu filho, ainda menino. Mas, decidida, aconselhada por alguém, buscou outro país para viver. Os planos feitos tinham que esperar! A escola, outra língua! Como superar tudo, meu Deus!

O pesadelo acabou com a morte do maioral. De volta a casa, sua família alcançou a paz e seu menino crescia em sabedoria e piedade.

Mais tarde, já feito homem, seu filho foi cumprir a sua missão. A sua mãe, ciente do que estava acontecendo, acompanhou-o, como anjo protetor, como mãe de todos os que necessitavam de conforto e paz!

Aí, o prenderam e o mataram! Que mulher poderia aceitar que isso acontecesse sem revolta interior? Mas ela confiava nos planos do Criador. Tinha recebido uma mensagem, havia muitos anos e acreditava nela: Tu serás mãe do ALTÍSSIMO! Seu filho, na hora da morte, a deu como mãe para nós que, em última análise, éramos os culpados de sua morte! Que coração magnânimo!

Oração: Te aceitamos, mãe, embora indignos. Que benção ter uma mãe como esta, solícita intercessora, cuidadosa, amorosa! Nossa mãe, minha mãe, Mãe de Deus!

Nossa igreja a tem como um dos seus maiores tesouros: Mãe da Igreja. Sob seus olhos amorosos vamos singrando este vale de lágrimas.

Mãe, Maria. Dai-nos a tua benção! Tu que dignificas em grau extremo o sexo feminino. No dia da mulher, Maria, te amamos, Mãe!


Eleutério Sousa

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Vale a pena ter um sonho?


O ser humano, além de outras qualidades tem em sua gênese, a ambição. A ambição que o ajuda a criar, a prosperar, a tornar realidade os seus sonhos.

Nesta região maravilhosa, com a cidade de Palmital ali pertinho, inserida agradavelmente na paisagem, está o Auto Posto Rota Sul. Um dos maiores postos de serviços da região e uma bela churrascaria e lanchonete. Com instalações amplas, serviço magnífico, dá vontade de ficar sempre mais um pouquinho e o desejo de voltar está sempre patente na mente dos viajantes.

Esta obra é fruto de um sonho. A determinação de seus proprietários fez esta obra nascer aqui perto do trevo de Palmital, no km 420 da Rodovia Raposo Tavares. Há 10 anos, a 17 de fevereiro de 1998, abria ao público, dando emprego a mais de 60 pessoas. Aliás, uma das preocupações mais marcantes de sua gerência é, justamente, o aspecto social.

“Agradecemos à população da cidade de Palmital, de Assis e Cândido Mota e região, o fato de prestigiarem assiduamente o estabelecimento. Domingo próximo, dia 17 de fevereiro terá lugar uma comemoração especial pelos 10 anos de funcionamento. Agradecemos penhoradamente aos nossos clientes de tantos anos e, de coração, os temos, mais do que clientes, como amigos para quem nosso lema é ‘servir bem com qualidade’”, disseram o seu proprietário e gerente.


Eleutério Sousa

domingo, dezembro 23, 2007

“Gloria in excelcis Deo” (Glória a Deus nas alturas)

Provavelmente, continuam os viandantes de hoje à procura de um abrigo. Com certeza, alguma mulher grávida estará procurando um lugar para que seu filho nasça com dignidade. Mas, com indiferença, continuam as pessoas de hoje a fazer pouco caso das necessidades alheias e, quando muito, chamam a polícia para levar as grávidas desavisadas até o pronto socorro.

Temos notícias diárias de policiais parteiros. Homens duros, acostumados a combater o mal, seus rostos iluminam-se quando ajudam uma vida a vir ao mundo. É muito mais alegria do que, por exemplo, “ajudar” a eliminar vidas!... (abortos, etc...)

Mas, vamos ao tema principal... Maria estava nos momentos delicados que a faria personagem central da história humana; dar à luz o Filho de Deus. Desprovido de tudo, menos do amor infinito de sua mãe, na ocasião do nascimento de Jesus, apareceram os anjos entoando o cântico: “Glória in excelris Deo”. Os pastores, avisados, foram as primeiras pessoas a prestar louvor ao Rei que acabara de nascer!

Somente pessoas com desprendimento total poderiam ver naquele menino a figura do Salvador!

Se nós, neste Natal, soubermos nos despojar de tudo que impeça o progresso espiritual e colocar nossas imperfeições o altar da vida, que venha o Príncipe da Paz e nos abençoe! Que nossa vida seja um contínuo Natal de bons propósitos, realizações e felicidade diária!

Bom Natal!

Eleutério Sousa

Lirismo em alto grau

Uma nota sobre o aniversário da Senhora Maria Célia fez-me pensar em momentos de ternura de uma certa Maria que passou por minha vida. Toda mulher poderia chamar-se Maria pelo simbolismo que implica este nome; desvelo, ternura, amor... Uma leoa que defende seus filhos e, ao mesmo tempo, a simplicidade de um coração imenso que nos compreende como ninguém.

Quando entramos na puberdade, ao ver nosso semblante tristonho, alienado, por causa dos nossos primeiros suspiros amorosos, ela, solícita, percebe imediatamente. “Quem é? Conheço?”. Pergunta, querendo entrar em nosso coração... Por toda nossa vida, às vezes, não lhe damos o valor merecido, mas, mesmo com algum descaso em nossos sentimentos, sempre está disposta a nos ajudar. Suas palavras sábias devem ser guardadas no mais recôndito de nossos pensamentos.

Maria, quer dizer decidida. Só uma pessoa com este nome, com toda a força que dele provêm poderia enfrentar as dificuldades porque passaria para criar o filho de Deus!

Nesta época natalina parabenizamos a todas as Marias que são uma bênção em seus lares, e em especial a dona Maria Célia que quer dizer “Maria do Céu”. Nada mais apropriado para completar o lirismo das palavras escritas com tanto sentimento na última quarta-feira.

Eleutério Sousa

... e continuar, como se nada houvera acontecido!

O ser humano sofre com as injustiças. A solidariedade para com o mais fraco é inata em nossos sentimentos. Podemos dizer que é atávica em nossos corações. Quem nunca se compadeceu perante as misérias alheias tanto morais, quanto materiais? Ainda mais, com nossa civilização imbuída de sentimentos cristãos, sobretudo nesta época em que os anseios de paz, o conjunto familiar e as comemorações natalinas que “amolecem” (o homem velho rancoroso, mesquinho...). Tudo leva à solidariedade, à abnegação em favor do próximo, ao cumprimento bíblico da lei do Senhor: “Amai-vos uns aos outros...”.

Conheci um clube, o Rotary de Palmital, que prega e age, por filosofia e preceitos de seus estatutos, nesta linha de bem-fazer. Nota-se em seus confrades, a ênfase da doação ao próximo, a caridade no mais alto grau, desinteressada e humanista.

Com certeza, haverá ingratidão e malquerenças de pessoas que acham que só elas têm o direito de tudo receber... mas, o sorriso de uma criança, uma família agasalhada, em conforto moral... fazem com que as premissas do clube que vêm desde seus fundadores, permaneçam no mais alto grau da dignidade humana. Por isso “e continuar como se nada houvera acontecido!”. O bem-fazer e o bem-querer são apanágio imorredouro de seus associados!

OS: Agradeço, penhoradamente ao presidente Vinicius Bueno, a sua esposa Ângela, ao Sr. Carlos Pyles, a Sra. Jorgina Gouveia, ao Sr. José Luiz a acolhida com que me brindaram na última quarta-feira.

Eleutério Sousa

A opinião de um intercambiário

Fim de ano, hora de revisão de vida, de refazer projetos, etc. Todos os anos, pais e alunos responsáveis reclamam, opinam e fazem projetos sobre a educação vigente. Sabe-se que há problemas, tanto de método e conteúdo, como de autoridade. A maioria não estuda ou não o faz como deve ser, os pais não se informam sobre o andamento escolar dos filhos, em suma, uma bagunça!...

Não pensemos que os defeitos só aparecem em escola pública. Sei de fonte segura, que grande parte dos estudantes, de certa escola privada, não de nossa cidade, é claro, ficaram em recuperação.

Um intercambiário, vindo da Alemanha, disse-me que vê muitos defeitos em nosso método de ensino. A começar pela disciplina, acha que há muita benevolência por parte dos professores. Para ele, o excesso de provas é também prejudicial, pois o aluno não estuda para obter conhecimentos, mas para a prova. Acha ele que a prova deveria ser para testar os conhecimentos de cada um e não “eu vou estudar isto porque vai cair na prova”. Por isso, essa máfia dos cursos vestibulares que ensinam macetes que, em última analise, pouco dizem aos alunos, só servem para ingressar na faculdade, quando muito, privada!...

No país de nosso intercambiário, assim como no resto da Europa, há mais serenidade; conheço uma professora que fez o primário, o antigo ginásio e o colegial em Portugal. Fez faculdade pública no Brasil e tem passado em todos os concursos que presta. Esta moça é minha filha. Super dedicada, profissional que se dedica com o esmero a seus alunos que só ganham elogios por seu desempenho.

Eleutério Sousa

Consciência nacional

Poucos países se podem chamar de nações. Tem-se, como nação, um conjunto de pessoas com uma raiz étnica parecida, língua nacional e religião. Até há bem pouco tempo, valorizavam-se estes dados. Sabe-se que, na Europa, alguns países têm uma idiossincracia tal que os faz “nações” na classificação costumeira. Ultimamente, tem-se valorizado etnias e sua contribuição para a formação do Estado Brasileiro. É justo e digno esse procedimento porque tira do “limbo”, povos que, costumeiramente, eram postos em zombaria não só os negros, mas os nordestinos, os portugueses (as piadas...) etc!...

Pensando melhor, já que a mídia é tão poderosa e, por isso, pode influenciar idéias e costumes,Publicar postagem porque não valorizar a “consciência nacional”. Pôr em relevo tudo o que “nossos” povos fizeram para que fossem ingredientes desta “nação”. Sim, nação, porque, ao contrário de pureza de raça, esta “globalização” que se fez por aqui, não tem parâmetro mundial, só nos falta um pouco mais de consciência cívica e orgulho para sermos donos desta “nação-continente”, onde os sobrenomes familiares são tão comuns, não importa a cor. Os Resende, os Silva, Ferreira, Souza, Pereira, etc... são todos originários de um tronco comum que os faz, sem sombra de dúvida, uma nação. Com uma novidade. Não mais a etnia seletiva mas, sim, a consciência nacional que explode orgulhosamente quando há motivos para isso, e que deve entrar em reflexão quando as coisas não andam tão bem! Mas, acima de tudo, o orgulho de ser brasileiro!

Eleutério Sousa

quarta-feira, outubro 24, 2007

Personalidade


Em comemoração ao Dia das Crianças, a coluna Personalidade de hoje, apresenta um garoto de 12 anos, que estuda no Colégio Estadual Carolina Lupion. Ele é um pré-adolescente igual a qualquer outro garoto de sua idade. Gosta de brincar com os amigos, vai à escola todos os dias, diverte-se com alguma travessura e aprecia boa amizade. De origem simples, alimenta desde cedo o sonho de ingressar em uma Universidade, apenas falta-lhe decidir pela Medicina ou Agronomia.

Seu currículo escolar lhe permite sonhar alto, já que a média de nota gira em torno de 9,5 em todas as matérias. Ele fala inglês, gosta de matemática e língua portuguesa e não aprecia jogos eletrônicos. Segundo ele os jogos de computadores neutralizam a racionalidade e não oxigena a inteligência. Disse ainda que se pudesse convenceria seus amiguinhos a desenvolver o hábito da leitura diariamente. Afirmou que dos programas de televisão que assiste, o Fantástico da Rede Globo e a programação da TV Cultura são os melhores de todos.


Sente-se triste ao saber que o ser humano está comprometendo a vida no planeta e afirmou que é preciso fazer algo urgente para conter o desmatamento na Amazônia. Disse que se pudesse votar, não votaria no Presidente Lula e afirmou que os políticos devem exercer seus mandatos com decência, porque receberam seus cargos através da confiança do voto povo.


Ele é torcedor do Santos Futebol Clube, e o chocolate é seu alimento preferido. Afirmou que as crianças precisam desenvolver desde cedo o senso crítico, para não serem manipuladas no futuro e pediu um presente para os adultos nos dia das crianças.



Na coluna de hoje, Alessandro Augusto Silva Sousa.



Circulando: Alessandro, você disse que quer ser médico ou engenheiro Agrônomo. São duas profissões distintas, onde está a dúvida para a escolha certa?


Alessandro: Minha dúvida é saber em qual das duas profissões serei mais útil. Não sei se devo fazer medicina para curar os males do ser humano e também ajudar a prevenir doenças e realizar partos, ou se devo seguir a carreira de agrônomo para ajudar a produzir mais alimentos para saciar a fome da humanidade.



Circulando: Você não acha que ainda é cedo para pensar nisso e que deve aproveitar mais sua fase de criança?



Alessandro: Mas eu aproveito. Eu brinco com meus amigos, gosto de jogar futebol, queimada e jogo capoeira. Faço tudo que gosto para aproveitar minha fase. Mas sei que é preciso pensar em fazer algo para melhorar a vida aqui na terra. Quero que outras crianças como eu também tenham oportunidade de brincar no futuro.



Circulando: O que faz você pensar que nosso futuro está comprometido?



Alessandro: Leio e vejo várias reportagens sobre o aquecimento global e os reflexos que isso trará no futuro. O desmatamento da Amazônia é um crime que pode ser solucionado, mas, o que dá a entender. é que existe uma má vontade de resolver o problema. Enquanto isso, vivemos a incerteza de que, no futuro, crianças como eu não terão as mesmas oportunidades que tenho.


Circulando: Como você resolveria o problema se tivesse o poder para isso?


Alessandro: Com medidas enérgicas. Não podemos comprometer a espécie. Todo mundo sabe que, sem as florestas, a vida na terra será insuportável. Vai faltar água, comida e esperança. Temos que fazer algo agora. Não dá para acreditar que, muito embora os veículos de comunicações divulguem as atrocidades que a natureza vem sofrendo, as autoridades não tomem nenhuma providência. Se eu tivesse o poder, defenderia a Amazônia e todas as reservas ambientais com o máximo rigor.


Circulando: O que você sente quando vê reportagens mostrando o desrespeito com a natureza?



Alessandro: Sinto raiva. Primeiro, por não poder fazer nada para conter o desmatamento e, segundo, por ver o ser humano trocar a tranqüilidade de uma vida segura por uma quantia em dinheiro. Isso sem contar que a vida animal está totalmente comprometida. É lamentável ver os olhinhos assustados dos animais nos dizendo que seu território está sendo invadido e destruído. (os olhos brilham) Quando vejo isso, eu choro, sabia!


Circulando: Temos a informação de que você é campeão de notas na escola. Tem algum segredo para tirar notas boas?



Alessandro: Tem sim. Basta prestar atenção nas aulas e perguntar ao professor caso não entenda sobre um determinado assunto. Depois que se aprende, não se esquece mais. Não se estuda para prova e sim para testar seus conhecimentos nas provas.



Circulando: Como você divide suas atividades?



Alessandro: Aprendi com meus pais que é importante dividir o tempo. Tenho tempo para brincar e para estudar.


Circulando: Hoje vivemos na era digital, gosta de computadores?


Alessandro: Gosto mais de livros. A pesquisa em computadores são muito mais dinâmicas, porém, mas é mais difícil de absorver conhecimento. Está tudo pronto, basta uma busca e tudo que está ali está relacionado ao assunto. Isso implica num comodismo e consequentemente falha no desenvolvimento da inteligência.


Circulando: que livro você recomenda para seus amigos?


Alessandro: Tem muitos títulos interessantes, mas creio que “Memórias de um Cabo de Vassouras” vai ajudar muito a despertar o gosto pela literatura juvenil. O hábito da leitura é importante por vários fatores, um deles é o bom desenvolvimento do raciocínio e aguça a inteligência.


Circulando: O que você acha que falta na cidade?


Alessandro: Acho que falta uma reserva florestal. Um parque, onde possamos passar horas andando por entre árvores de várias espécies. Onde tivesse um biólogo nos ensinando a importância de cada espécie nativa. Acho que seria bem legal ter um lugar assim.


Circulando: Ano que vêm, vai ter eleições para prefeitos e vereadores, você sabe alguma coisa de política?


Alessandro: Não muito. O pouco que sei me decepciona. São poucos os políticos que realmente têm programas que beneficiem a maioria da população. O que vejo na televisão e jornais, são políticos pensando neles mesmos.



Circulando: O que você pensa do Presidente da República?



Alessandro: Como disse, sei pouco sobre isso. Mas acho que ele deveria assumir algumas falhas em seu governo.


Circulando: Se você pudesse votar hoje, votaria no atual presidente?



Alessandro: Não.



Circulando: Por quê?


Alessandro: É difícil acreditar num líder que não assume suas responsabilidades. Ele vive dizendo que não sabe de nada. Se ele não sabe o que acontece de errado, como pode dirigir um País que precisa de acertos?



Circulando: Se você pudesse pedir aos lideres mundiais um presente no dia das crianças, qual seria esse presente?


Alessandro: Pediria para eles colocarem as pessoas de volta na Terra. Pediria que cessassem as guerras e a devastação do meio ambiente, para que nosso presente seja a garantia de um futuro melhor para todos nós.



Alessandro é filho de Maria Alice Silva Sousa e Eleutério de Sousa.

texto e foto: Roberto Francisquini

(fonte: Circulandoaqui.com)

quinta-feira, julho 19, 2007

“Evangelizar...”

Você sabe o sentido dessa palavra?

Muitos acham que sabem, outros criticam, outros praticam o evangelho como fonte de comércio.

Pregam a palavra no intuito de receber algo em troca.

Se esquecem da própria família para viver somente de pregações, orações sem medir conseqüências, sem ao menos perceber que seu mundo é tão pequeno, tão abstrato, que não consegue seu próprio mundo.

Como dizem que possuem um “Deus vivo”, mas se esquecem de praticar a humildade, a sinceridade e fazem com que muitos os sigam por um caminho cheio de sonhos, propósitos que não os terem à lugar algum, a não ser se esquivar da comunidade e principalmente de pessoas que por uma razão ou outra se entregam sempre em situações difíceis, deixando então se levar pelo sonho de um ideal melhor, de uma vida sem sofrimentos, e é nesse exato momento que os que se dizem “evangelistas” entram em ação e só depois de um determinado tempo a realidade vem à tona e tudo se esclarece.

“Deus”!! Jesus””, só quer que o mundo viva em “paz” e “harmonia” e para que isso aconteça cada um de nós temos que saber pedir “perdão”, admitir que erramos que somos pecadores e enquanto vivermos sob o pecado e julgando sem ao menos lembrarmos que o único “juiz”, não pertence a religião alguma e sim está no coração de cada um de nós. De que adianta ser praticamente de uma crença ou religião se fora dali, não fez nada daquilo que prega.

Pense nisso talvez um dia o único Juiz lhe dará o Perdão!!!


Eleutério Sousa

quinta-feira, junho 07, 2007

Uma luz radiante – O Amor

Amor é paixão,

É tortura, é ciúme,

Ventura de estar

Junto de sua amada;

Às vezes, com a ilusão

De ter junto de si,

Bem dentro do coração,

A que é sua adorada...

À mais bela flor

Glamurosa, gloriosa, ela se juntou;

Anjo era, anjo ficou...

Teu sorriso, teu esplendor,

Amor é que enfeitiçou!

Meu anjo, idolatrado,

Em teu meigo rosto, espero

Um semblante de ternura...

Amor,o muito que te quero,

Mesmo que fosse desventura,

Olharia esse rosto sincero,

Risonho, sorriso de extrema formosura

No silêncio da madrugada,

De coração a palpitar,

Pensa no amor que tanto queria

Na beleza de sua amada,

Pensamentos a torturar;

Aquela que um dia,

Nos “avatares” da vida,

O deixou de amar!...

Feliz Dia dos Namorados!


Eleutério Sousa

quinta-feira, maio 31, 2007

O QUE É POESIA?


Me perguntaste, carinho,

Se eu sabia

O que era poesia...

Com esses olhos azuis,

Me perguntaste, meiga assim,

Só resta dizer com o coração:

Enlevo mil, que extasia,

Você é prosa, é verso, enfim

Uma bela poesia!

Poesia pode ser romântica,

Alegre, triste...

Expressa os sentimentos e a emoção:

É o sentir mais profundo,

O lampejo de um segundo,

Palavras doces para sua amada!

É também tua doce mirada,

Esse mar azul de água cristalina,

É um anjo que desvenda a neblina

Dos maus presságios...

Enfim, poesia é você

Que é minha adorada!

Eleutério Sousa